terça-feira, 1 de julho de 2008

CAPOEIRA É PATRIMÔNIO CULTURAL

Roda em São Paulo com Mestre Ananias (de chapéu panamá) e alunos na prática da arte da capoeira

Foto: Brígida Rodrigues - Di Lua

Informe: Carlos Primo


A cultura brasileira tem na capoeira uma representante de nossas mais autênticas expressões populares. Com raízes da África, a capoeira nasceu no Brasil como reação do negro escravizado à pobreza e à submissão. Nas senzalas, a capoeira era vista pelo senhor de engenho apenas como diversão, enquanto os negros praticavam a ginga e dançavam, fortalecendo o corpo e a mente.

Quando vivendo em matas e quilombos, o negro encontrou em meio à natureza o espaço de liberdade para praticar a sua arte e aprimorá-la.

Em ambientes urbanos como o Rio de Janeiro, já no século da abolição, a prática da luta era caso de polícia. Valentes capoeiristas defendiam sua dignidade com maestria e destreza, sem dar chance aos inúmeros soldados mobilizados para contê-los.

Fruto da miscigenação do povo brasileiro e retrato de nossas ancestralidades, a capoeira hoje é praticada por milhões de pessoas e é motivo de interesse de jovens em diversas partes do mundo.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (vinculado ao Ministério da Cultura) vai apresentar no Palácio Rio Branco, em Salvador, o inventário para o registro da capoeira como patrimônio cultural do Brasil. Uma apresentação musical (com ingressos gratuitos) também será realizada à noite na cidade, no Teatro Castro Alves. A data dos encontros é 15 de julho.

O reconhecimento formal pelas instituições públicas brasileiras colabora para a valorização do ofício dos mestres que ensinam a capoeira ao redor de mais de 150 países.

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