quinta-feira, 16 de março de 2017

A VILA ITORORÓ TAMBÉM É NOSSA CASA



A CASA NA BELA VILA, projeto aprovado pelo Goethe na Vila, foi mais uma experiência marcante para a Casa Mestre Ananias. Durante um mês (de 15/fev a 15/mar) tivemos a oportunidade de ocupar nosso Patrimônio com nosso Patrimônio. Levamos a Capoeira, o Samba de Roda e toda proposta artística e sócio cultural da Casa para a Vila Itororó. Um processo que nos inclui na reflexão de que relações culturais queremos nos ambientes públicos da nossa cidade.


Muita coisa foi destruída, mas não foi ao chão. O Samba Chula, assim como a Vila Itororó, vivem um tempo de restauro e somente com os olhos no passado e muita paciência é que podemos resistir a qualquer imposição e aí sim, vê-los de pé para as novas gerações. 



Uma construção com esse tempo de vida vai muito além da sua arquitetura. Cada janela, cada tijolo, cada obra de arte e canto dessa Vila traz consigo a história de luta de muita gente desse Bixiga, mais nordestino do que italiano.

Jogamos Capoeira, caímos no Samba, encenamos, fizemos arte com as mãos e com os pés mas sobretudo, refletimos muito sobre São Paulo e nossa identidade dentro dessa metrópole.



















As aulas de Teatro, Dança, Artes e Capoeira da Casa migraram para a Vila Itororó e aos sábados realizamos Ensaios Abertos com o Samba de Roda Garoa do Recôncavo.


Iniciamos o processo de ocupação e agora mais 9 projetos seguem até o final do ano. Sejam bem vindos já que agora a Vila é nossa e contem conosco pois queremos muito conhecer as próximas ações do Goethe na Vila.

Com saudades desse quintal até breve...


Fotos: Zé Amaral / Mari / Borba / Fabio Roussenq

Um comentário:

Mauricio Benevenuto disse...

Como aluno da Casa Mestre Ananias me sinto grato da oportunidade de participar desse projeto. Em saber que no centro de São Paulo ha uma vila que foi construída com vários pedaços da cidade, tornando ela unica! Eu vi! Crianças jogando capoeira em uma sala em que o teto foi construindo com portões antigos da cidade de SP. Eu também vi e escutei um forró de Luiz Gonzaga tocado em uma rabeca de frente para um palacete construído de trilhos velhos... quem não tava lá é capaz de dizer que e mentira minha kkkkk, só vendo pra acreditar. Mas o que me tocou mais ... alem da comida do meu professor Rodrigo Minhoca, foi um tal de samba do Severo. O sujeito era o protagonista principal do samba, enquanto o samba ia sendo tocado parentes/conhecidos do do sujeito chegava de surpresa e parava a roda perguntando sobre Severo, os sambistas perguntava quem o personagem era? e se ele "sabia fazer o que o Severo fazia"? o personagem se explicava e dizia que sabia
sim...Soltava uma frase dizendo: pinica aí!? A mão Batia no pandeiro e o samba continuava! Só sei que não vi nenhum sujeito ainda na minha vida pra ter tanto conhecido e parente esquisitos como esse tal de Severo. Como diz meu mestre " ajoelhou tem que rezar". Obrigado.